Quando finalmente cri
ter construído todo o meu forte
indestrutível
a qualquer ataque
Você descobre um novo uso
para a mais poderosa
de todas as armas.
Silenciosa e infalível
E mais uma vez caem por terra
os muros que me protegiam.
É a sutileza que me abate.
Transbordam então
os diques da minha Alma
e não suportanto a invasão
me afogo em mim
Quero ar
preciso respirar
Me debato no escuro
grito por socorro
E para minha minha surpresa
é a sua mão que encontro
é a nas profundezas do seu olhar que sinto
toda a segurança
que minha fortaleza
milimétricamente construída
jamais me deu
Quem é você?
anjo maldito
ou bendito demônio
que me livra do cácere protetor
e me lança
de cabeça e desprotegida
na profundidade de mim?
Sem garantia de sobrevivência
arrisca
talvez porque crê
que a vida por trás dos muros
não é VIDA
(R.R.M)
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