Cheguei em casa assim
a blusa amassada
retorcida num canto
a barra da calça enlameada
pingava tanto quanto o cabelo
colado ao rosto lavado.
A noite já se adentrava
e na ânsia de chegar me equilibrava entre pastas
projetos
planos
sonhos
Foi aí que te encontrei.
Livrou-me das pastas num arroubo
ganhou a boca molhada no segundo seguinte
no duelo de línguas percebi
a calça enlamenando o tapete...
tão longe da cama
O corpo que chegou lavado de chuva
foi então lavado de beijos
de carícias
de desejo
de prazer...
E o alvorecer nublado
trouxe consigo a satisfação
estampada no rosto e nos lençóis
de nossos corpos inconscientes.
(R.R.M.)
3 comentários:
Não sei o que comentar... sua escrita é simplismente divina!
pude simplismente me permitir entrar na sua história
tua escrita contamina raio.
beijos irmãzinha
muito bom, rsrs, a água inspira né? rsrsrs, dias de chuva então nem se fala, rs
Bons dias
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