sábado, 8 de outubro de 2011

Eu por mim mesma aos 17 anos...

"Sem falsa modéstia, se o que você quer é alguém pra conversar fiado, muito prazer. Eu sou alguém capaz de reparar as minúcias de um pôr-do-sol e não saber se você cortou o cabelo. Não parece, mas sou incrivelmente tímida e instrospectiva. Se você já me viu chorar por um motivo que não seja dor, filmes ou saudade, creia-me, você é raro. Meu sorriso é constante. Nem sempre sincero, mas ninguém é 100% feliz. Aliás, acho que essa é a meta de todo ser humano, não? Que vem antes mesmo do "crescer financeiramente na profissão que escolhi". Eu não sou exceção.Pelo menos não nesse aspecto. Um pouco antiquada, eu diria, dessas garotas que sabem a diferença entre um short e uma calcinha, que aprecia a companhia da família, que é uma irmã coruja e superprotetora (mas mereço um desconto! É a única irmã que eu tenho!!!), que muda de canal nas cenas mais picantes porque os pais estão na sala, que cora ao ouvir um elogio.
Uma pessoa que acredita não em príncipe encantado, mas em amar de verdade, que prefere ressaltar as qualidades aos defeitos (criticar é muito fácil, o difícil é superar), que está sempre disposta a ouvir, ver filmes, dançar, aprender, ensinar...
Talvez uma sonhadora, fadada a quebrar a cara num mundo tão hostil, mas que certamente não vai chegar ao fim da vida sem a certeza de ter dado o melhor de si."

(Fragmentos de memórias, 2007)

Eu por mim mesma aos 21 anos...
É... Eu mudei tanto e tão pouco...

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