segunda-feira, 25 de maio de 2009

Do que já não me satisfaz


Escrever

ponte de ligação

entre muros

entre Almas

entre mundos.


Mas o que acontece

quando rompem-se

desaparecem

os alicerces do meu criar?


Alicerces sintásicos

semânticos

metafóricos

que pareceram simplesmente ruir

bem no meio de uma travessia importante.


Palavras já não sustentam

o peso do que me habita

Dissolvem-se

Desfazem-se

Fragmentam-se

e a brisa suave que vem de dentro

como um vendaval

as leva para tão longe.


Por hora

descanso olhando a beleza triste

das ruínas do que outora fora magno


Outros tempos virão

Novos vocábulos emergirão

E na fluidez sutil do que é meu

(re) construo meus pilares.


(R.R.M.)


Um comentário:

Rafael Dias disse...

Caramba, me lebrou suas primeiras poesias, muito boas. Se desponha sempre a mudar, a ir e vir nas suas escritas que me fazem sempre refletir.

Bjosss

Te amo