terça-feira, 5 de maio de 2009

Prazer masoquista


Foi quando o copo acertou o espelho
que senti
a vontade que fosse você



Ver a sua cara despedaçada
em milhões de pedacinhos
sem conserto
me deu prazer



Eu quis
que o perfume que escorre agora na parede
fosse seu sangue



que a almofada que jaz
aos pés da cama
fosse seu corpo



que cada lágrima minha
derramada por sua culpa
fosse uma gota de veneno
corrompendo a sua Alma



Eu quis
delirantemente
destruir
cada traço
cada vestígio
cada nuance sua



E foi assim que me desfiz
de mim

(R.R.M.)

Um comentário:

Rafael Dias disse...

é incrivel com os amores nos afetam e corroem, penso que podem ser projeções e por isso não conseguimos nos desfazer deles sem nos ferir. Quero descobrir como amar sem se machucar!!